sábado, 15 de julho de 2017

Eternamente (na morte)

Na morte,
Se se pudesse conservar um sentimento
Eu sentiria saudade,
Não dos humanos inventos,
Mas do Sol em todo anoitecer;
Sentiria saudade 
Do balanço do vento
E de você...

Do aconchego do seu colo
Eu sentiria saudade
E das estrelas brilhando
No céu da minha cidade...

Do canto dos passarinhos
Eu sentiria saudade,
E dos seus beijos maliciosos
No meio da rua,
Por toda a cidade...   

(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB - Brasil)

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Coruja do meu sertão

Oh, coruja do meu sertão
Que pias sobre o mandacaru espinhento,
Espinhento anda meu coração!...

Oh, coruja de voo altivo,
Traze-me notícias do meu bem,
Que partiu quando brilhavam as estrelas
Deixando meu coração cativo!...

Oh, coruja de olhar visionário,
Traz-me notícias do meu amor primeiro,
Que voou nas asas do vento interplanetário...

Voa alto, voa, coruja do meu sertão,
E visita a estrela onde moram meus ancestrais,
 E diz a eles que os guardo na minha emoção,
Todo dia, quando cantam os sabiás...

Oh, coruja, mensageira do além,
Diz aos meus avós e meu pai
Que sinto saudades deles também... 

(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)