Oh, coruja do meu sertão
Que pias sobre o mandacaru espinhento,
Espinhento anda meu coração!...
Oh, coruja de voo altivo,
Traze-me notícias do meu bem,
Que partiu quando brilhavam as estrelas
Deixando meu coração cativo!...
Oh, coruja de olhar visionário,
Traz-me notícias do meu amor primeiro,
Que voou nas asas do vento interplanetário...
Voa alto, voa, coruja do meu sertão,
E visita a estrela onde moram meus ancestrais,
E diz a eles que os guardo na minha emoção,
Todo dia, quando cantam os sabiás...
Oh, coruja, mensageira do além,
Diz aos meus avós e meu pai
Que sinto saudades deles também...
(Poesia e foto: Bete Diniz - Taperoá - PB)
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